A esperança, a poesia, o medo, a dor.

A fé.

A verdade nossa de cada dia. O pão nosso de cada dia. A verdade nos olhos de uma criança pedindo dinheiro, a mentira nos olhos dessa mesma criança. Um dia é a felicidade eterna, no outro a miséria de um mundo que não se importa. Se preocupa com o próprio bem, mas se somos tão egoístas qual motivo nos leva a cuidar da vida do outro?

Qual motivo nos leva abuscar insanamente um par, uma metade, um ser que nos complete com todos os seus defeitos?
Certa vez eu li que as pessoas amam os defeitos alheios, se não os estudiosos, não fumantes e romanticos teriam filas nas suas portas.
Em uma nação em que existem dezessete mulheres pra cada homem, qual a solução de se procurar um par. Ache o teu e prenda numa gaiola. É sério.

Uma nação com fome, não de comida, pra isso existe o fome zero né ? (sim foi cinísmo)
Eu digo fome de arte. O homem precisa de alimento pra alma, de poesia, de esperança, de medo e dor.
De fé.

De sonhos. Sonhos flutuantes na imaginação pura de uma criança no farol. De um idoso sentado na varanda. De um passarinho. Passarinhos esses que fazem seus ninhos em nossas árvores no meio das cidades. E cantam baixinho só pros corações atentos escutarem.

Eu não quero crescer. Eu não vou crescer. Mantenha-se jovem.

Não desligue a TV e vá ler um livro, desligue-se do mundo e vá ler o seu interior.